quinta-feira, abril 04, 2013

Lápis e papel na mão...

Lápis e papel na mão...
Um pensamento na cabeça,
Um sentimento no coração.

Sentada em silêncio, olhando todos passando na minha frente. Cada um indo para um lado diferente. Diferentes assuntos, histórias... Diferentes problemas.
Se me pedirem algo agora, faço me arrastando, resmungando. A preguiça vira minha companheira nessa hora do dia.
Vejo ela passando na minha frente, fazendo aquilo que ela tem que fazer. A preguiça anda com ela também. Temos mais isso em comum: a preguiça. E a minha vontade é de puxá-la para perto de mim, amarrá-la na cadeira e pedir para que converse comigo. Não gosto de ver ela assim! 
Olho para o telefone, e sinto uma vontade enorme de ligar pra ele. Mas tenho que aprender a controlar esses impulsos. Não posso achar que ele sempre estará disponível quando eu quiser ouvir sua voz, dar risada das suas piadas e entrar nas suas brincadeiras... Até porque, nem eu posso ficar ligando quando me der vontade. Tenho minhas obrigações e preciso me forçar a cumpri-las.
Com a borracha da lapiseira encostando na minha bochecha e o olhar perdido, encarando o nada, imagino uma das nossas cenas...
Mas não quero forçar nada. Não quero convidá-lo para fazer alguma coisa sempre que bater a vontade de vê-lo. Quero que isso também venha dele. Saber se ele tem vontade de me ver, ou se apenas aceitou porque eu convidei.
Ele trouxe de volta a minha vontade de escrever. Por mais que ele diga que é por esperar ganhar dinheiro comigo... E, mesmo sabendo como ele é convencido, tenho que admitir não saber como ele entrou na minha cabeça. Apenas percebi que a vontade de escrever surgiu mais uma vez, e agora, prefiro escrever primeiramente no papel, do que escrever direto no computador.

Hoje uma pessoa de quem eu gosto muito, foi embora. E não sei se voltarei a vê-lo. Dói ver ele ir, vou sentir falta, claro... Mas vai ser bom. E eu já me acostumei. Me acostumei com o fato de que isso é inevitável. Já vi muitas pessoas de quem eu gostava, irem embora. Não é como se eu não fosse sobreviver. Aprendi da pior forma que sim, eu posso sobreviver.
A vontade de largar tudo, gritar, jogar para longe e fugir.. É muito grande e tentadora! Ou pode ser apenas o cansaço falando. Não sei mais se continuo a escrever algo decente, ou se o que estou escrevendo já não faz mais sentido. Acho que me perdi um pouco...

É chato. Não sei ao certo o que eu quero. Sei o que eu não quero...
Não quero deixar de ver ela, de falar com ela. É uma irmã pra mim. Não queria ter que me despedir dela também. Não quero que a situação entre nós fique estranha.
Não quero continuar aqui, mesmo que ainda tenha um receio de deixar tudo isso pra trás.
Não quero deixar de vê-lo, de falar com ele, ficar perto dele... É confuso pra mim. Uma sensação diferente, nova... Gosto tanto dele e me importo tanto com ele que me assunta!...
Ficar triste, apenas porque ele está triste. Rir porque ele está rindo. Sentir uma sensação boa porque, mesmo quando o meu dia não tenha sido tão bom, o dele foi... E só isso basta para melhorar o meu dia. Nem que seja um pouco!!....




- by Nique

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